Por que Jornalismo?

Posso dizer que a decisão foi no último minuto do segundo tempo, prestes a começarem as inscrições dos vestibulares. Na verdade, o jornalismo já estava dentro de mim, eu é quem não estava dentro dele. Talvez o lead tenha entrado na minha vida antes mesmo do Jornalismo. A garota curiosa, inquieta, questionadora e falante já trazia indícios de que a área da comunicação faria parte de sua trajetória. E sim, fez!
Não posso deixar de mencionar que a escola onde estudei teve participação no processo de escolha. Digo isso, porque acredito que métodos construtivos, dentro de propostas educacionais inovadoras e interdisciplinares, incentivam a construção de oratória, a busca pelo pensamento crítico e questionador, além de valorizar a interação com o outro. E, tudo isso, no meu ver, foi como uma mola propulsora para aperfeiçoar minha personalidade comunicativa, investigativa e curiosa e, por fim, me guiar ao universo da comunicação.
Como sou filha única de dois engenheiros civis, é cômodo imaginar que a vontade não nasceu dentro de casa. Mas, não! Meus pais, que sempre me deram liberdade para escolher aquilo que queria, são os grandes mentores do meu lado comunicativo. Costumo pensar que eles escolheram o jornalismo junto comigo, porque, além de me passarem valores éticos, eles me ensinaram a saber ouvir, virtude fundamental dentro da profissão. Saber ouvir o outro, debater diferentes pontos de vista e, sempre, analisar, sob um olhar cauteloso e crítico, aquilo que nos é passado na sociedade. Por fim, a decisão foi, também, reflexo de uma série de escolhas que fiz durante a infância, desde ler histórias em quadrinho, até cursar teatro. No fim do terceiro ano do Ensino Médio, em 2011, fui aprovada em jornalismo nos vestibulares da PUC Campinas, da Cásper Líbero e também da UFMG, pelo ENEM. Em um primeiro momento, talvez eu tenha optado pela PUC por receio de morar em outra cidade, ou mesmo, deixar a casa dos meus pais aos 17 anos. Mas, não me arrependo!
Hoje, quase formada, tenho a certeza de que o jornalista tem que ser muito mais do que o nome da profissão designa. Ele precisa ser um profissional da área de comunicação. Por isso, esse fim é apenas o meu começo. A jornada é longa, trabalhosa, mas o caminho está traçado e a largada já foi dada!